sexta-feira, 19 de setembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Livro PUBLICIDADE ILIMITADA


No livro Publicidade Ilimitada promovemos diversas observações do contexto publicitário e da produção de conteúdos a partir de análises teóricas e empíricas. Assim, o material apresentado, fruto de uma produção coletiva e interdisciplinar, pretende se constituir em um corpus privilegiado de reflexão, pesquisa e produção de conhecimento, e não somente em um material meramente técnico onde prática e teoria não se integram dialeticamente, apresentando-se como paralelas, por definição, jamais intercruzáveis.

Na verdade, o material que o livro apresenta, demonstra que é necessário, dentro das universidades (já que é uma produção nascida a partir da reflexão de docentes e discentes de um curso de Publicidade e Propaganda) gerar sensibilidade para perceber que estamos lidando com um mercado de trabalho de regras claras: espera-se um profissional reflexivo e fundamentado, mas sustentado pela experiência prática de uma observação constante da produção publicitária da atualidade. Por este motivo, as reflexões são feitas a partir de objetos perfeitamente identificados, demonstrado uma aplicação prática de análise, sem perder a força ou fragilizar as teorias utilizadas.

sábado, 19 de julho de 2008

A MÍDIA DO EU OU A "EU-MÍDIA"

O que não falta no mundo é informação. Vivemos imersos em um mar de notícias, dados, pesquisas, arquivos e almanaques eletrônicos simples de serem acessados, a qualquer hora, em qualquer lugar do planeta muito facilmente. Sob o signo da abundância e da diversidade, a sociedade jamais teve em mãos tantas alternativas para aplacar a sua sede de informação.

O que é realmente novo, cada vez mais graças à técnica e como resposta a um imperativo social, é que o consumidor de mídia retomou a iniciativa. Ele não quer mais se submeter, e não se submete mais; ele escolhe os programas para marcar a sua independência; ele chega até a organizá-los, para assumir sua personalidade de maneira mais completa. Isso diz respeito a todas as mídias especializadas ou de grande público, escritas ou eletrônicas. Trata-se de um movimento profundo. (DORDOR, 2007).

Acontece porém, que o futuro publicitário das mídias passa pela audiência. Segundo Dordor (2007) trata-se de algo evidente que, no entanto, convém lembrar. Para as mídias de massa, o futuro passa pela força da audiência ao custo mais baixo. Paralelamente é perceptível que as audiências evoluíram de uma recepção de massa para um consumo cada vez mais individualizado dos meios, já que presenciamos um considerável incremento e aumento das mídias.

Antigamente, as mensagens não podiam ser diferenciadas, sendo destinadas à maior audiência possível; a palavra de ordem era homogeneizar gostos e opiniões. Essa estratégia, que hoje parece um tanto deslocada, há alguns anos atendia com relativa precisão às necessidades de uma incipiente sociedade industrial. Com o passar dos anos e com a utilização de novas tecnologias que permitiram pesquisas de audiência mais precisas, chegou-se a grupos mais específicos, os nichos de mercado, como conhecemos hoje. Esses nichos são pessoas reunidas, por diversos motivos, em determinados grupos de acordo com idade, sexo, gostos e classe social, por exemplo. Esses grupos serviram, durante anos, como base para o direcionamento tanto da programação, como da publicidade para audiências mais específicas. Hoje, precisamos identificar maneiras de afinar ainda mais as audiências para um consumo de fato individualizado do meio.(FERRARIO, 2006). Estamos diante da mídia do “eu”, ou da “eu-mídia”.

Se, para a “eu-mídia”, a audiência continua sendo prioritária, é o vínculo mídia-indivíduo que é mais forte; o volume de audiência é soma dessas relações individuais.

A ERA DO NOVO CONSUMIDOR DE PRODUTOS E DA MÍDIA

Em menos de uma geração, todo o equilíbrio de poder parece ter oscilado do marketing para o consumidor. Os profissionais de marketing já não articulam junto aos consumidores o que estes devem comprar, onde comprar ou como comprar. É antes o consumidor que dita termos e condições para o marketing.
A própria produção de produtos e oferta de serviços transmutou-se do antigo formato de “tamanho-único-para-todos” para o “como-quer-que-entreguemos-seu-produto?”. A customização e a personalização, como bem lembra Jaffe (2008), já não são acessórias, mas obrigatórias, desde o carro que dirigimos, até a calça que usamos e os sapatos que estão em nossos pés. “Já não estamos vivendo uma revolução industrial; estamos vivendo uma revolução de outra espécie”. (JAFFE, 2008, p.26).
Neste contexto, não podemos desconsiderar, portanto, que o consumidor tem, gradativamente, estabelecido para si um novo ethos, uma nova forma de encarar os desafios de consumo que estão a sua frente, sejam estes de produtos ou serviços, ou mesmo da própria mídia. Somado a isto, temos uma infinita diversidade de produtos e serviços, que, existentes no mercado se aliam à facilidade no acesso as informações impulsionada pela popularização da internet, e que acabam por resultar num consumidor mais engajado, conhecedor, crítico e sofisticado. Este consumidor que surge na contemporaneidade tem grande poder de escolha e costuma buscar e comparar informações sobre as empresas e os produtos/serviços antes de realizar uma compra ou mesmo de consumir uma mídia.
O fato é que a digitalização da vida exerce um papel preponderante nessa maturação forçada. Num mundo de informação perfeita, em que estações de notícias a cabo disseminam, com detalhes explícitos, relatos precisos de qualquer evento novo ou digno de veiculação, não sobra muita coisa para a imaginação. E se os consumidores não tiverem sua dose na TV, nos jornais, nas revistas ou nas rádios, sempre haverá a internet com sua provisão sem fim de opinião, vieses e perspectivas, abarcando todos os espectros dos domínios da mídia estabelecida, dos painéis comunitários de mensagens e dos blogs.

sábado, 12 de julho de 2008

A Web 2.0, a publicidade e a mídia

Enquanto discutimos e digerimos os conceitos da chamada Web 2.0 – a Web colaborativa – que provocou essa explosão de conteúdo na Web, a mídia tenta absorver seus conceitos e criar ferramentas capazes de chegar até o público. Normalmente a Web 2.0 levou as agências publicitárias à produção de conteúdo para soltar neste universo viral: o que tornou o trabalho dos mídias intuitivo ao extremo, colocando-os em cheque diante das impossibilidades de mensurar os resultados previamente. Com efeito, a Web 2.0 é uma oportunidade repleta de riscos aos mídias e onde os criativos puderam desenvolver, ao extremo, novas formas de abordagem dos públicos, formatos, tempos, dimensões e camadas de conteúdo.
O que foi feito na Web 2.0? A publicidade disfarçou-se de indivíduo e criou blogs de conteúdo publicitário, perfis em comunidades de relacionamento como o Orkut, postou releases em sites de notícias, lançou clips e músicas para download para lançamento de novas bandas. Ou seja, a publicidade passou a se apropriar das ferramentas de construção de conteúdo individual para propor conteúdos institucionais. Um exemplo disso é a ação da Unilever para compor crossmedia com o personagem da publicidade de TV - o Jeremias: um perfil no Orkut foi criado e divulgado com a intenção de tornar o personagem real. Propondo conteúdos e comunidades, a publicidade age como indivíduo na rede, mas na verdade é controlada como parte do mix de comunicação integrada.
Patriota e Duguay

quinta-feira, 10 de julho de 2008


Novas Mídias: Venda (Mais que) Direta

Para divulgar seus acessórios para fotos submarinas, todas as novas máquinas digitais da Olympus vinham de fábrica com um divertido vídeo de um tubarão nadando (como se alguém tivesse usado a câmera antes e deixado esse vídeo alí). O tubarão vem na direção do fotógrafo e da um sorrisinho para a câmera! A idéia é sensacional - por três motivos: (1) é muito simples; (2) a utilização de uma feature do próprio produto para cross sell (em geral muitas marcas usam as embalagens para isso, no máximo) é inovadora e; (3) pela precisão do momento do impacto. A pessoa recebe um conteúdo simpático da marca assim que liga o produto, em um momento em que está tendo uma experiência de valor com a marca, que é enrriquecida com esse impacto.
Fonte: Clipping Especializado da Agência Master

quarta-feira, 9 de julho de 2008

A primeira geração interativa

Surge a primeira geração interativa: os teens da atualidade. Eles cresceram com a Internet e telefones celulares à sua volta. Tais equipamentos hoje estão disponíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, fazendo com que os teens esperem que a mídia seja interativa e que as marcas estejam disponíveis 24 horas também. A internet é o canal fundamental nas estratégias de comunicação com adolescentes e jovens. Nas pesquisas disponibilizadas encontramos uma evolução nas participações destes targets com idade entre 12 e 17 anos, que se colocam entre os freqüentadores mais assíduos da internet. Os teens são a maioria na rede como um todo, já que esta faixa etária chega a registrar cobertura de praticamente 82%. É por este e outros motivos que já é possível contemplar a internet como principal meio publicitário para as novas gerações, com a vantagem de unir a comunicação interpessoal com a mídia. Por fim, estamos contemplando a tendência de que todas as próximas gerações irão crescer neste panorama e a propaganda precisará estar preparada para alcançá-los no cenário em que estão inseridos.